9 de julho de 2015

O futuro de nossas crianças

Todo ser humano precisa antes de qualquer coisa se sentir amado e protegido. Em um mundo onde o individualismo e o egoísmo vem ganhando força, fica cada vez mais difícil provar às nossas crianças que as amamos e as protegeremos até que elas consigam seguir seus caminhos.
A família, a escola, o governo e a sociedade como um todo não conseguem hoje garantir o desenvolvimento de adultos saudáveis para amanhã. 
De um lado temos o governo que não investe na saúde e educação de nossas crianças. De outro lado temos pais que atribuem o papel de educar seus filhos única e exclusivamente aos professores, e os professores saturados das más condições de trabalho e mal remunerados não atendem às expectativas de ensinar muitas vezes o básico a seus alunos. Vivemos em um círculo vicioso onde pais, cidadãos e governo empurram suas responsabilidades para os outros, e com isso nossas crianças vão sobrevivendo em meio ao caos, tornando cada vez mais improvável que cresçam de forma saudável, felizes e conscientes de seus direitos e deveres!
Somente conseguiremos assumir um papel de verdade na vida das crianças brasileiras quando os pais deixarem de abandonar seus filhos, deixarem de levar as crianças aos presídios e passarem a participar efetivamente na educação de seus rebentos.
Somente será possível um papel mais ativo na tarefa de um bom desenvolvimento quando os professores deixarem de ser mal remunerados, quando os professores forem estimulados e reconhecidos de verdade, quando os professores passarem a educar de verdade.
Apenas será possível que a tarefa de desenvolver um adulto saudável seja efetivada quando o governo deixar de servir apenas a propósitos particulares, quando o governo passar a investir de verdade na saúde e educação das crianças, tornando possível um vislumbre por parte delas de que uma realidade melhor é possível e tangível.